terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Dezembro 2014 - Epílogo!

Dezembro 2014

Este é o último capítulo da construção do Veleiro Eolo de Ilhéus.
Foi uma decisão difícil, mas a esta altura eu decidí dar um basta. Ou o veleiro vai pra água ou vai para uma nova jornada; a judicial!
Escolhí a primeira opção custasse o que custasse.
Fui até o estaleiro decidido a exigir uma meta. O barco deve ir para a água até o dia 10 de dezembro.
Cheguei no estaleiro e ví que o barco estava pronto; não havia motivos para continuar lá.
Não vou entrar nos detalhes da conversa, mas o resultado foi que o Eolo poderia chegar ao Guarujá no dia 10 desde que negociassemos a compra do mastro e o frete do traslado. 
Negociamos e assim foi.
Fui embora com sentimentos complexos: ao mesmo tempo feliz pelo desfecho, e ao mesmo tempo frustrado por ter de pagar mais do que o combinado. Quanto? Bem... esta é outra história que levaria outro capítulo que preferi suprimir, por achar que o importante era colocar o barco n`água ainda neste ano. Esta seria uma vitória!
Vamos às fotos deste eílogo.

Faltam as fotos do veleiro partindo do estaleiro MJ, mas tenho as de Guarujá, onde ele foi entregue.
Veja que beleza: No dia 10 de dezembro ele foi entregue na marina Pier 26.

Pronto e crú ao mesmo tempo. Parece que a saga não acaba.

A targa no chão e aguardando a montagem do mastro que é feita no Pier26

Enquanto isso o veleiro aguarda também a pintura de fundo, uma pintura venenosa contra a formação de cracas e outros seres subaquaticos.


Por dentro, um monte de acessórios para montar o mastro  e a retranca...


Todos os cabos de adriças, material elétrico, roldanas e ferragens para montagem do mastro e da retranca.




O Mastro já montado pelo Zé do Mastro, com as vaus (cruzetas), "batencar", cabos elétricos e de adriças passados.
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No detalhe mostro a instalação do defletor de radar instalado.

No topo do mastro está instalado a biruta, que mosta de onde vem o vento; o rotor que mede a velocidade do vento, e a luz de top de navegação, além da antena do rádio, ainda a ser instalado.

A targa é suspensa e colocada no lugar definitivo junto com a placa solar, enquanto a pintura é finalizada.

A Roda de leme é colocada. Que linda!

A escada de popa é colocada.

O Motor de popa para o bote...

É instalado dentro do paiol de popa.

No detalhe da quilha, foi instalada uma peça de zinco chamada de "sacrifício". Peça importante por ter a função de reagir com a água salgada para descarregar a energia estática do barco. Sem ela, os metais do motor, élice e demais peças metálicas do barco simplesmente se dissolvem!

Enquanto isso a pintura venenosa recebe a última demão.



Embora ainda improvisado, o veleiro finalmente recebe um nome: Eolo de Ilhéus.  

Escrito com fita crepe pois ele não podia ser lançado ao mar incognito!

Enfim, a hora do guindaste transportar o veleiro para o "poço" e ser lançado ao mar!

Viva! o momento derradeiro!! Navio ao Mar!!!


Enfim o Eolo é lançado ao mar!!!


Duda Penteado, amigo artista, testemunhou este momento tão especial!


Navio lançado ao mar precisa ser abençoado. Para tanto, solicitei a um benzedeiro que preparasse uma água benta para benzer a embarcação.


Benzer o barco por dentro e por fora.

Em primeiro plano podemos ver o bote ainda na embalagem. Ele também foi bento.

Por dentro, após as montagens, o barco finalmente fica decorado com um quadro-mapa da região.

Hora de fazer os testes de motor. 

Ligar o motor pela primeira vez.


E sair navegando...

Uma foto do pessoal da MJ Yachts, que construiu o veleiro. Momento de usufruir da obra!

O técnico do motor, o Sr. Osamo, e Reinaldo, o encarregado geral do esteleiro MJ acompanharam os testes.

Duda no timão se sentindo um verdadeiro Capitão! Um lindo dia de sol!



Finalmente o veleiro recebe o mastro. Os estais de aço são afixados 


Todo o cabeamento é instalado e as velas são içadas.


Hora de aferir os instrumentos e as velas com o Dieter.

Desta vez quem testemunhou foi o Ricardo, meu irmão, com olhar apreensivo e pensativo: "Uau, não é que o veleiro do mano saiu mesmo!? Agora vou ter de encarar..."

Hora de fazer os testes de vela a abastecer o tanque com diesel. As primeiras manobras... ai ai ai...

Pronto! Todos os testes feitos, veleiro entregue ao dono, a tripulação composta de mano Ricardo, Maíra, minha filha e Mathias. Vamos comemorar!


Saladinha de rúcula com cenoura, canapés de salmão defumado e um prato de arroz com mexilhões acompanhado de um belo vinho prosseco!! Um belo começo para um novo capítulo.

Fim do capítulo de construção do Eolo de Ilhéus que durou 3 anos!!!

Não percam os próximos capítulos-posts. Desta vez sobre as aventuras de Eolo de Ilhéus!!

Apenas uma dica: No dia de natal zarpamos de Guarujá para Paraty com escala em Ilhabela e Ubatuba.

Ufa!!!